segunda-feira, 22 de março de 2010

Rochas Ornamentais

As pedras ornamentais constituem uma ótima opção de revestimento para pisos e paredes, graças à durabilidade e aos efeitos estéticos que proporcionam. Além disso, adaptam-se a ambientes internos e externos, admitem inúmeros tipos de tratamento e ainda garantem manutenção simplificada.
Genericamente, as rochas aplicadas na arquitetura e na decoração dividem-se em duas categorias:
Pedras decorativas naturais : são aquelas utilizadas sem polimento, conservando o seu aspecto natural. Entre suas particularidades, a maior é a grande resistência às intempéries, daí o fato de serem escolhidas para o revestimento de áreas externas, como fachadas, beiras de piscina e composições de paisagismo.
Pedras tratadas : são diversas as possibilidades de tratamento que visam explorar o potencial de brilho e valorizar texturas e cores. Mais apropriadas às áreas internas, ambientes de estar, banheiros e até móveis.

Abaixo estão descritas as pedras de maior aceitação no mercado nacional e suas principais características:



Azul Bahia : graças à sua estética, é muito valorizada no mercado internacional e também no Brasil, onde é bastante confundida com o granito. Apresenta boa resistência à abrasão e oferece brilho intenso. É usada depois de polida e lustrada, o que a torna ideal para aplicações internas, como em banheiros, bancadas, mesas ou ainda em detalhes arquitetônicos, dado o seu custo elevado. A limpeza é feita com pano úmido.




Luminária carranca : uma mesma rocha pode ser um arenito (quando em forma sedimentar) ou quartzito (quando metamórfica). Ambas são porosas e antiderrapantes, além de não concentrarem calor, o que as torna adequadas para uso em borda de piscina ou como pisos externos. Não requerem grande beneficiamento, bastando cortar no tamanho desejado. A limpeza comum é feita com água e sabão. Periodicamente pode ser necessária uma lavagem com uma solução de água e ácido muriático, sendo mais seguro a contratação de empresa especializada.




Basalto : incorretamente chamado de granito, pode ser usado em areas internas e externas como revestimento de pisos e até mesmo de paredes. De cor preta, substitui o granito em todas as suas aplicações, como tampos de pias e bancadas, além de assegurar bons resultados para a produção de objetos menores. Entre os acabamentos, aceita polimento, lustro e apicoamento. Para a limpeza, apenas água e sabão neutro.




Granito: de altíssima resistência, é formado por lava vulcânica endurecida, grãos de quartzo, pequena quantidade de mica (material responsável pela cor) e feldspato (mais conhecido como silicato). No estado bruto é indicado para calçamento de ruas, ou qualquer outro espaço de tráfego intenso ou de serviços pesados. Admite ser polido, lustrado, apicoado, levigado e flameado, próprio nestes casos para revestimento de pisos e paredes, interno ou externo, conforme sua necessidade. Na escala de cores é encontrado, do mais barato ao mais caro, nas cores: cinza, vermelho, verde, amarelo, preto e azul. Para limpeza, usa-se água e sabão neutro.




Pedra-sabão : resiste bem às intempéries, por isso é aplicada com sucesso em áreas internas ou externas, tanto em pisos como paredes. Por ser um mineral mole, pode ser trabalhada para a elaboração de pias, mesas, bancada, objetos decorativos e até mesmo esculturas. Aceita polimento, lustro e apicoamento. Na manutenção, usa-se apenas pano úmido, pois escovas e abrasivos podem provocar riscos.




São Tomé : chamada de pedra mineira por sua origem geográfica, é uma pedra flexível, antiderrapante, muito absorvente e que não propaga calor. É indicada para o revestimento de beiras de piscinas e áreas de lazer. A limpeza se faz com água e sabão, sendo por vezes necessária a contratação de uma empresa especializada para uma limpeza mais profunda com ácido muriático.




Arenito : é encontrado na forma de placas ou em diversos tipos de corte e forma o chamado mosaico português, quando utilizado em calçamentos em conjunto com o basalto e o mármore. Pode aparecer também em paredes, conferindo um aspecto rústico aos ambientes. Usado apenas no estado bruto, a limpeza requer apenas água e sabão freqüentemente.




Quartzo rosa : pedra semipreciosa, utilizada apenas em seu estado bruto, já que seu índice de dureza é bastante alto e provoca extremo desgaste no maquinário para polimento. Aplica-se perfeitamente à decoração de jardins e execução de esculturas e luminárias.




Azul macaúba : mais dura que o granito, esta pedra apresenta quartzo na sua composição. Oferece qualidades antiderrapante e estética, graças à sua textura e aos veios azuis. Pode ser polida, lustrada ou ainda apicoada, e é aplicada em pisos e paredes de ambientes internos ou externos. Sua limpeza é simples, apenas com pano úmido.




Umburaninha :de origem calcárea, é própria para o uso interno de pisos, paredes e, principalmente, em móveis. Oferece um bonito efeito visual e não é porosa. Para a limpeza, usa-se apenas pano úmido.




Miracema madeira : pedra de preço acessível, encontrada na natureza em forma de placas. Resiste bem a choques mecânicos e a intempéries e, por isso, é aplicada em estado bruto nas áreas externas. Outra de suas qualidades é ser antiderrapante. A miracema madeira é amarelada devido à presença de óxido de ferro, enquanto a miracema comum é encontrada em cinza, bege e rosa.




Mármore : rocha metamórfica, formada por carbonato de cálcio e outros componentes minerais que definem sua cor, é um revestimento nobre encontrado nas mais diversas tonalidades, do branco ao preto. No Brasil já foram catalogados mais de trinta tipos diferentes, sem contar os importados. De forma geral, é bastante durável e resistente a impactos, embora se desgaste facilmente quando sujeito à abrasão. É recomendado para pisos e paredes em ambientes internos, desde que não haja uma circulação excessiva de pessoas. Aceita todos os tipos de tratamento e pode ser limpo com água e sabão neutro. O travertino apresenta fissuras que exigem estuque para uso como revestimento, por isso a limpeza é feita somente com pano úmido.




Dolomita: de origem calcárea, é usada principalmente em áreas internas por não ter boa resistência à abrasão. Aparece em banheiros, mosaicos e móveis. Se lapidada, adquire brilho intenso, e, quando desgastada em máquinas, dá bom efeito ornamental às paredes e jardins. É usada também em estado bruto; em qualquer caso, limpa-se com água e sabão neutro.




Jaraguá : é aproveitada em estado bruto para compor o mosaico português e pode ser encontrada nas cores verde, creme e amarelado. Para lavar, água e sabão.




Pedra verde : conhecida também como fuxita, é utilizada em jardins, arranjos florais e detalhes de paredes. Resiste bem às intempéries e não retém calor, mas é muito derrapante, o que proíbe seu uso em beiras de piscina e pisos externos. Usada em estado bruto, requer apenas água e sabão neutro para limpeza.




Itacolomi : pedra exclusiva para aplicações externas, apresenta características semelhantes às da pedra mineira, inclusive no que se refere à manutenção.




Ardósia : de preço acessível e usada em sua forma bruta na maioria das vezes, apresenta ótimos resultados tanto em áreas internas como externas. Seu uso se dá em mesas de jardim, bancadas, pisos, paredes, quadras de tênis, etc. É uma pedra mole que pode ser arranhada com facilidade. Pode ser lustrada, ganhando brilho razoável. É encontrada nas cores cinza, rosa, verde e preto. Para limpeza usa-se apenas sabão neutro, evitando escovas e outros abrasivos.




Ônix : mineral semiprecioso, utilizado para confecção de objetos de adorno e detalhes arquitetônicos. Por ser translúcido, oferece excelentes resultados quando atua como anteparo de luminárias. Retirado da natureza na forma de fragmentos, suas placas são formadas pela junção de vários pedaços unidos por resina. Também é vendido como jóia. De cor bege, pode ser lapidado. Para a limpeza, somente pano úmido.




Pedra Goiás : rocha com as mesmas características da pedra mineira; o nome muda somente por causa da procedência. Em estado bruto é chamada de pedra caverna.




Serpentinito : de resistência mecânica média, é utilizado tanto em ambientes internos como externos, desde que não haja grande circulação de pessoas. Muito resistente aos intemperismos. Em tons de cinza e verde (conhecido como cinza lafaiete), requer limpeza simples com água e sabão neutro.




Seixo rolado: bastante duro e resistente, tem formas arredondadas devido ao movimento das águas dos rios, de onde é retirado. Aquece pouco e sua utilização se dá em jardins, muros e ornamentação de paredes.




Moledos : sobras de pedras usadas na construção, conferem um bonito efeito quando aplicados em muros, paredes ou em propostas paisagísticas. Limpeza apenas com água e sabão neutro.




Sobradinho : apresenta características semelhantes às da luminária carranca, inclusive no que tange ao uso e à conservação.

Cuidados para conservação dos revestimentos

Os principais agentes de alteração em revestimentos, referem-se a substâncias aciduladas convencionalmente manuseadas nos ambientes domésticos, mas sobretudo a chuvas ácidas atuantes nos revestimentos externos. Dentre as substâncias domésticas potencialmente nocivas para as rochas, quanto ao ataque químico e manchamento, pode-se referir frutas cítricas (sobretudo limão), vinagre, produtos de limpeza (ácidos e alcalinos), refrigerantes gasosos, bebidas isotônicas, gasolina, querosene, bebidas alcoólicas coradas (destaque para vinho tinto), líquidos com oleosidade, óleos e graxas em geral.

sexta-feira, 12 de março de 2010

A Normalização e sua Funcionalidade

As normas técnicas são importantes principalmente para o consumidor, pois oferece facilidade ao mesmo, reduzindo o crescente número de procedimentos e tipos e produtos existentes no mercado, padronizando a comunicação de um modo geral a fim de proporcionar, meios de comunicação mais eficientes facilitando assim o dialogo entre fabricante e cliente, o que proporciona maior entendimento ao consumidor e menos reclamação ao fabricante. A normalização garante também, segurança a população como um todo, afinal um produto normalizado é perfeitamente seguro e confiável, só depende do consumidor em optar por um produto com selo de qualidade ou produto mais barato que não oferece nenhum tipo de segurança, além de tudo a normalização elimina as barreiras comerciais padronizando produtos e serviços afim de que este possam ser comercializados nos mais diferentes países.
Uma norma é criada a partir de serviço voluntário, e o processo ocorre da seguinte maneira, surge na sociedade a necessidade de criação de uma nova norma, o Comitê Brasileiro (CB), analisa esta necessidade e a inclui no seu programa de Normalização Setorial. A partir daí cria-se uma Comissão de Estudo (CE) formada por consumidores, produtores e neutros (órgãos de defesa do consumidor, graduados da área, universidades...) sendo todos voluntários, esta comissão então elabora um Projeto de Norma baseado no consenso de todos os participantes. Este projeto é então submetido à votação nacional, as sugestões advindas da participação social são avaliadas e então se cria a Norma.
As Normas Brasileiras normalizam tanto produtos já existentes como também as novas tecnologias que surgem. Quando surge um produto que ainda não possui normas regendo sua utilização, este é submetido a um processo de avaliação que avalia os seguintes itens: segurança estrutural, o que inclui estabilidade, resistência a impactos, a cargas e deformações; segurança ao fogo, estanqueidade, durabilidade, desempenho térmico e acústico, adequação do projeto e por fim a exigência de gestão de qualidade. Se passar de maneira satisfatória pelo processo o produto recebe então o certificado de qualidade.
Além das Normas, há outro elemento que também contribui para a elevação da qualidade, tanto de produtos como de serviços, é a certificação, que consiste basicamente na emissão de Marcas e Certificados demonstrando que determinado produto ou serviço de determinada empresa, atende às normas aplicáveis. Beneficia os consumidores que terão a certeza de estar adquirindo um produto de qualidade, beneficia também os fornecedores que poderão demonstrar a qualidade de seus produtos e facilita ainda a vida do Governo no que diz respeito a fiscalização. Existem os seguintes sistemas de certificação: Certificação de Sistemas de Garantia de Qualidade ABNT (R), Marca de Qualidade ABNT (Q) e ainda o Certificado de Conformidade ABNT (C).

domingo, 7 de março de 2010

Novos materiais do mercado

Uma das causas comuns de falência dos materiais é a corrosão, mas um Grupo de investigadores europeus já logrou desenvolver materiais inteligentes com a capacidade de se auto-repararem. Dmitry Shchukin e Helmuth Möhwald do Max Planck Institute of Colloids and Interfaces de Potsdam, Alemanha, juntamente com colegas do Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro da Universidade de Aveiro, desenvolveram um nano-revestimento para metais e ligas que forma uma camada tipo gel muito fina sobre o material. Ao invés do que se passa normalmente quando o revestimento é danificado e o metal fica imediatamente exposto aos elementos, o novo revestimento contém nano-reservatórios cheios com um inibidor, que no caso de qualquer dano é libertado de forma a preencher os defeitos microscópicos originados pela fratura, evitando assim ataques corrosivos sobre a matriz.
Testes em alumínio demonstraram o sucesso da técnica de proteção desenvolvida. Cada componente presente no revestimento em multicamada desempenha um papel essencial no processo de proteção. Partículas de sílica proporcionam um suporte adequado para o inibidor, enquanto dióxido de zircônio é utilizado para possibilitar a adesão das partículas ao metal. Enquanto intacto, o revestimento representa uma proteção polimérica convencional.
Os testes demonstraram que o revestimento inteligente pode proteger o metal da água salgada, mesmo após repetidas agressões à superfície por picadas. Os materiais podem reparar fissuras até 100 mícron em água ou soluções salinas.

A inauguração de três feiras em 2006 na Alemanha, a Bautec 2006 (Feira Internacional de Tecnologia para Construção e Arquitetura), Build IT (Feira de Tecnologia de Informação para a Construção Civil), e a Feira de Energia Solar, proporcinaram o surgimento de novos materiais que podem ser empregados tanto na área de construção civil como tambèm em outas áreas da economia.
Entre estes novos materiais está o concreto tranlucido e a madeira líquida.

Concreto Translúcido

O concreto translúcido é sem dúvida uma solução que tem tudo para emplacar, principalmente em países de clima quente, onde não há necessidade de isolamento térmico. O húngaro Aron Losonczi patenteou, juntamente com um sócio alemão, o light transmitting concrete (LiTraCon – concreto transmissor de luz), fundando uma firma com o mesmo nome.
O LiTraCon é um pré-fabricado de concreto e fibra ótica, na proporção de 95% de concreto para 5% de fibra ótica. Ele permite até 70% de transparência e possui as mesmas qualidades de resistência de um bloco de concreto. A espessura pode variar de 2 a 50 centímetros. O preço gira em torno de mil euros por metro quadrado, afirmou Andreas Bittis, representante da LiTraCon na Alemanha.

Madeira líquida

Arboform ou "madeira líquida" é a nova substância desenvolvida pelos pesquisadores do Instituto Fraunhofer em Pfinztal. A mistura de farelo de madeira com uma massa de lignino e outras substâncias orgânicas conhecidas como "bioplásticos" permite maleabilidade à madeira quando esta é aquecida.
Tanto na indústria automobilística e da construção civil como na fabricação de móveis, o emprego da "madeira líquida" é ilimitado. Além de não ser combustível, é renovável e praticamente impermeável.

Regiões ricas em madeira, como a região de Siegen-Wittgenstein na Renânia do Norte-Vestfália, já apostam no novo material como investimento econômico.
Entretanto, conforme a região do globo, bambu, soja ou cana-de-açúcar também podem ser utilizados como matéria-prima da "madeira líquida".









Condreto Translúcido







REFERÊNCIAS

BRITO, Paulo. Auto-reparação de materiais inteligentes.http://www.spqpt/boletim/docs/boletimSPQ_103_018_17.pdf>.
ALBUQUERQUE, Carlos. Novos materiais tornam a construção mais atraente.< http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1914153,00.html>.